A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é uma doença caracterizada pelo bloqueio da passagem de ar pelas vias aéreas superiores durante o sono, levando a ocorrência de paradas respiratórias de curta duração (apneia).
Homens entre 25 a 45 anos que possuem a mandíbula retraída (retrognatismo mandibular severo) geralmente são os mais acometidos por esta síndrome. Este posicionamento incorreto da mandíbula, acarreta em uma ptose da língua (queda da base de língua) e um relaxamento da musculatura do pescoço quando o paciente está deitado, obstruindo a passagem do ar.
Pacientes portadores desta síndrome apresentam sintomas que incluem ronco alto e sensação de cansaço, mesmo depois de uma noite inteira de sono. Além disso, relatam apresentarem sonolência diurna excessiva, irritabilidade, dificuldade de concentração, dores de cabeça, depressão, disfunção sexual, ganho de peso, garganta seca e são respiradores bucais. Doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial, infartos, arritmias e insuficiência cardíaca congestiva podem ser causadas ou agravadas pela Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono, levando a uma diminuição da expectativa de vida.
O diagnóstico da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono é confirmado através de exames clínicos juntamente com exames de imagem e uma polissonografia, que avalia a qualidade do sono do paciente.
Existem diversas alternativas de tratamento para diminuir ou acabar com o ronco e a apneia, devendo ser realizado um tratamento multidisciplinar. Porém a Cirurgia Ortognática apresenta a maior eficácia, com índice de sucesso de até 95%.
A correção do mau posicionamento dos maxilares através do avanço da maxila e da mandíbula traz não só benefícios na estética facial e rejuvenescimento do paciente, como também permite melhorias na respiração, uma vez que ocorre um aumento das vias aéreas, evitando a obstrução parcial das vias aéreas superiores durante o sono.